Bitcoin dispara é o mercado de criptomoedas bate novo recorde
O bitcoin bateu novo recorde nesta sexta-feira (8) ao atingir a cotação de US$ 70 mil. A criptomoeda já havia alcançado outro pico nesta semana, quando chegou ao patamar de US$ 69.170 na última terça-feira (5). No ano, ela acumula alta de 44%. Nos últimos seis meses, o salto é de 150%. Mas afinal, o que provocou este ciclo de alta?
Segundo José Gabriel Bernardes, sócio da Fuse Capital, um dos principais motivos para esse cenário de alta das criptomoedas é a entrada cada vez maior de investidores institucionais nesse mercado, como empresas, bancos e fundos de pensão, que investem fortunas e criam liquidez para as criptomoedas.
Recentemente, esses grandes investidores foram autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) a adquirirem fundos negociados em Bolsa que compram a criptomoeda à vista. Assim, a demanda por bitcoin aumentou muito e a moeda digital valorizou.
“Antes, as formas de investir em bitcoin eram muito cruas, de certa forma. Era fácil para a pessoa física, mas para o institucional era difícil. Então, esse fluxo de dinheiro, em menos de um mês, atingiu mais de 24 bilhões de dólares entrando para bitcoin. Isso naturalmente cria uma pressão de preço para cima”, explica José Gabriel Bernardes, sócio da Fuse Capital.
Dois outros fatores ajudam a explicar essa alta do bitcoin: um deles é a proximidade do processo de halving, que ocorre de quatro em quatro anos (o último foi em maio de 2020 e o próximo deve ocorrer no fim de abril de 2024). O halving corta pela metade o número de moedas digitais que pode ser “liberado” pelos mineradores. A ideia aqui é que a menor oferta da moeda torne ela cada vez mais valorizada.
O outro motivo é a tendência de juros baixos nos Estados Unidos, o que leva os investidores a tirarem dinheiro da renda fixa (que fica com rendimento menor em cenários como esse) e procurarem ativos de maior risco, como os bitcoins, em busca de maior rentabilidade.