Caiado se reúne com presidente de Israel e lembra fala de Lula
Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) se reuniu com o presidente de Israel, Isaac Herzog. O encontro ocorreu na manhã desta terça-feira (19/3), em Jerusalém. Estiveram em pauta temas sobre os impactos do conflito entre o país israelense e o Hamas, o rastro de destruição, além de diálogos e promoção da paz. “Fiz questão de levar meu pedido de desculpas a todos os israelenses por uma fala do presidente da República [Luiz Inácio Lula da Silva] que comparou a guerra ao Holocausto”, afirmou o chefe do Executivo goiano, ao ressaltar ainda um convite. “Saibam que serão sempre bem-vindos ao nosso Estado”.
Ainda nesta terça-feira (19), está previsto um encontro com o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, além de uma reunião com o Ministério das Relações Exteriores. Além de Caiado, estão na missão a Israel o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), e o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (MDB).
Os governadores viajaram a Israel inicialmente à convite da comunidade brasileira no país, como mostrou o Estadão. “Depois que o primeiro-ministro soube do acordo dos governadores para visitar Israel e à luz da importante relação entre Israel e o Brasil, os governadores foram convidados pessoalmente para uma série de reuniões com altos funcionários israelenses, incluindo o primeiro-ministro”, declarou a embaixada de Israel no Brasil.
Os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), também foram convidados por entidades que representam a comunidade brasileira em Israel, mas recusaram a viagem.
Brasil e Israel vivem uma crise diplomática desde que Lula afirmou em fevereiro que “o que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”.
Como resposta, o governo israelense declarou o presidente como persona non grata até que ele se desculpe e tem criticado o governo brasileiro pelo posicionamento sobre o conflito. O presidente não recuou da declaração e, assim como outros representantes do governo, reiterou que considera que Israel comete genocídio em Gaza.