Goiás tem 45% dos jovens até 25 anos que não concluíram a educação básica
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira, 22, que em Goiás cerca de 45,2% da população com 25 anos ou mais ainda não concluiu a educação básica obrigatória. Essa estatística alarmante reflete um desafio significativo no estado quando se trata de garantir acesso à educação de qualidade para todos os cidadãos.
O levantamento, que analisou dados de 2023, aponta que, apesar de avanços, ainda há uma parcela considerável da população que não atingiu o nível mínimo de escolaridade exigido. Esse percentual corresponde a aproximadamente 2,1 milhões de pessoas em Goiás.
Além disso, o estudo também examinou a situação educacional da faixa etária de 15 a 29 anos, destacando a importância de compreender a relação entre estudo e ocupação. Um em cinco jovens brasileiros de 15 a 29 anos não estuda nem trabalha, em 2023, 44,7% das pessoas dessa faixa etária estavam ocupadas e não estudavam, enquanto 21,0% não estavam ocupadas, mas estudavam. Esse dado sugere a necessidade de políticas que incentivem a educação continuada entre os jovens, mesmo diante de atividades laborais.
Outro ponto relevante abordado no estudo é a frequência à pré-escola. Apenas 26,6% das crianças de 0 a 3 anos frequentavam a pré-escola em 2023, um número que fica aquém da meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação, que prevê a frequência de pelo menos 50% das crianças nessa faixa etária até 2024.
Embora a taxa de escolarização entre crianças de 4 a 5 anos seja mais alta, atingindo 89,4% em 2023, ainda é necessário um esforço adicional para alcançar a universalização até 2024, como determinado pelo mesmo plano nacional.
Apesar dos desafios, há avanços notáveis, como a quase universalização da escolarização entre crianças de 6 a 14 anos e a alta taxa de escolarização entre jovens de 15 a 17 anos, que alcançou 91,6% em 2023.
No entanto, entre pessoas com 18 a 24 anos e aquelas com 25 anos ou mais, as taxas de frequência escolar ainda são modestas, com 28,0% e 4,9% respectivamente, evidenciando a necessidade contínua de investimentos e políticas educacionais eficazes para garantir o acesso à educação em todas as faixas etárias.