Bolsonaro (PL) reuniu ontem dia 21/04 manifestantes em Copacabana, no Rio, dois meses após atrair uma multidão ao ato realizado na Avenida Paulista, em São Paulo.
Bolsonaro subiu no trio por volta de 10h20; o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), o acompanhou. Ele deixou um hotel na Avenida Atlântica vinte minutos antes, junto do filho Flávio, do pastor Silas Malafaia e outros apoiadores.
Michelle Bolsonaro foi a primeira a falar. Em mais de um momento, ela destacou a importância de 2024 como um ano decisivo por conta das eleições e o papel de destaque do Rio no jogo eleitoral. Ao fim de sua fala, ela convocou os presentes a rezar um Pai Nosso.
O presidente do PL Valdemar da Costa Neto foi vaiado ao citar o nome do senador Romário (PL). Senador foi citado como um dos nomes do partido no Rio. Apesar de ser filiado ao PL hoje, Romário não é visto como um nome alinhado ao bolsonarismo — o que justifica a situação.
Por volta de 9h30, o ex-presidente já estava por Copacabana. Ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo Bolsonaro, o general Braga Netto (PL) tirava foto com apoiadores. Ele também foi alvo de uma operação da Polícia Federal no último dia 8 de fevereiro por suspeita de atuar em tentativa de golpe de Estado.
Manifestação ocorre em momento com clima diferente ao de fevereiro. À época, o evento em São Paulo ocorreu três dias após Bolsonaro ir à Polícia Federal para depôr na investigação de uma suposta tentativa de golpe de Estado (na ocasião, ele não falou nada aos investigadores). Agora, o apoio de Elon Musk e outros atores internacionais a Bolsonaro contra o STF muda esse cenário.
Ato pode ser fortalecido por falas de Musk contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. “Por que vocês estão pedindo tanta censura no Brasil?”, Musk tuitou no dia 6. Ele respondia a outro tuíte, do ministro Moraes, que, por isso, incluiu Musk entre os investigados do inquérito das milícias digitais.