A produção de café em Goiás deve atingir a marca de 263,5 mil sacas na safra 2024 – um aumento significativo de 30,6% em relação ao ano anterior. A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (23/5) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no 2º Levantamento da Safra de Café do ano.
Esse crescimento expressivo se deve a dois fatores principais: o aumento de 10,3% na área de plantação e a bienalidade positiva, fenômeno natural que alterna anos de alta e baixa produção. Além disso, a entrada em produção de cafezais mais novos deve contribuir para uma produtividade de 44,5 sacas por hectare, 18,4% superior à registrada em 2023.
Apesar do cenário positivo, a safra atual enfrentou desafios climáticos. As lavouras se beneficiaram das chuvas de março e abril, que evitaram o abortamento de frutos e facilitaram o manejo. No entanto, o período anterior de seca e calor intenso, coincidindo com o florescimento e frutificação, impactou o potencial produtivo.
Em relação à área em produção, houve um aumento em comparação ao ano passado, impulsionado pela inclusão de áreas que passaram por renovação e agora retomam a produção em níveis significativos.
“Este resultado é fruto do esforço contínuo dos nossos produtores e do apoio constante do Governo de Goiás, que segue investindo em políticas públicas e iniciativas para fortalecer o setor cafeeiro no estado”, afirma o secretário em substituição da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Asmar Júnior.
“Enfrentamos desafios climáticos, mas a resiliência e a dedicação dos nossos agricultores, aliadas às condições favoráveis das chuvas recentes, foram fundamentais para alcançar esse expressivo aumento na produtividade. Continuaremos trabalhando juntos para garantir o desenvolvimento sustentável da cafeicultura goiana e contribuir para o crescimento do agronegócio brasileiro”, completa.
Cenário nacional
Em nível nacional, a produção brasileira de café deverá alcançar 58,8 milhões de sacas beneficiadas, representando o terceiro ano consecutivo de crescimento. O volume previsto é 6,8% superior ao do ano passado e 15,5% maior que o de 2022, ano de bienalidade positiva, mas com baixas produtividades devido a condições climáticas adversas.
Para o café arábica, principal variedade cultivada no país, a expectativa é de uma safra de 42,1 milhões de sacas, impulsionada pelo aumento da área em produção e da produtividade. Minas Gerais, maior produtor de arábica, deverá colher 29,8 milhões de sacas.