Denes Pereira Alves pede afastamento da Seinfra após operação policial
Alvo de uma operação da Polícia Civil de Goiás que apura suposto esquema de fraudes em licitações na Prefeitura de Goiânia, Denes Pereira Alves pediu, na manhã desta quarta-feira (5/6), para deixar o cargo de secretário de Infraestrutura de Goiânia. O anúncio do afastamento foi feito pelo prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, que realizou pronunciamento no final da manhã.
“Hoje pela manhã, acompanhando todo o processo através da imprensa, chegaram as informações do ocorrido, e logo, imediatamente, convoquei o secretário Denes para uma conversa. Conversamos muito sobre o assunto, como era um fato já ocorrido anteriormente, então foi decidido, a pedido dele, o afastamento [do comando da pasta] para que ele mesmo pudesse acompanhar todo o processo junto às autoridades que estão investigando o assunto”, afirmou Rogério Cruz.
O prefeito ainda informou que outros servidores da gestão municipal que são investigados na operação policial também foram afastados dos cargos. “Foram dois citados, mas um já não está mais na prefeitura. O outro citado também será afastado como servidor efetivo”, garantiu.
Segundo o prefeito Rogério Cruz, a operação não interfere em serviços realizados pela prefeitura. “Eu quero lembrar também a todos, a população de modo geral, que esse processo não dará direito de impedir qualquer serviço de iluminação que já está em andamento. Nós temos um processo de nova licitação de iluminação que já está em fase final de conclusão e que essas empresas, essas duas empresas que ganharam esse novo processo, não têm relação com esse processo de inquérito que está ocorrendo pela manhã. Então, quero deixar bem claro que o serviço não para”, completou.
Entenda o caso
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou nesta quarta-feira (5/6) a Operação Transata, visando desarticular um suposto esquema de fraude em licitações e contratos, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro na Prefeitura de Goiânia.
São cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, sendo 1 na sede da Secretaria de Infraestrutura Urbana da Prefeitura, 8 em sedes de empresas e 10 em casas de pessoas físicas, incluindo sócios administradores e funcionários das empresas, além de servidores públicos municipais investigados.
Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça também determinou a suspensão de 7 contratos da Prefeitura de Goiânia com as empresas investigadas e o afastamento dos sigilos bancário e fiscal de todos os alvos da operação.
Em nota, a Prefeitura de Goiânia informou que colabora integralmente com a Polícia Civil e aguarda os desdobramentos das investigações da Operação Transata. “A administração contribui com o acesso das equipes policiais aos locais visitados para a coleta de equipamentos ou documentos e reúne informações sobre o objeto das investigações para prestar todos os esclarecimentos com transparência”, completa o texto.