Rogério Cruz comenta operação policial e alega “perseguição política”
Como resposta às inúmeras críticas que vem recebendo, principalmente após operação policial que atingiu a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), o prefeito Rogério Cruz usou o Instagram, na noite desta quinta-feira (6/6), para se pronunciar sobre os episódios recentes. No vídeo, o chefe do Executivo municipal diz ser alvo de “perseguição política” e garante que vem tratando a Operação Transata, focada em desarticular um suposto esquema de fraude em licitações e contratos, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro na pasta da Infraestrutura, “da maneira mais transparente possível.”
Cruz começa afirmando que fez questão de afastar o então secretário da Seinfra, Denes Pereira Alves, assim que soube da operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO). Disse também que é importante que tudo seja averiguado. “Eu estou à disposição para contribuir com toda e qualquer investigação.”
O prefeito alega, no entanto, que, com a proximidade das eleições municipais, está sendo alvo de uma “clara perseguição política”. O ataque, segundo Rogério Cruz, vem no momento em que sua equipe anuncia números de uma gestão com “feitos e realizações que têm levado Goiânia a um desenvolvimento inegável”.
“Se o nosso trabalho não estivesse dando certo, e melhorando a vida das pessoas, será que essa reação aconteceria nesse momento?”, questiona o chefe do Executivo municipal.
“Enfrentamos as perseguições políticas com a convicção e a segurança de quem não tem o que temer, nem o que esconder. Sigo focado no trabalho. Na construção da cidade que os goianienses querem. Com a postura de quem não vai desistir de trabalhar por ela e pelas pessoas dessa cidade”, escreveu o prefeito.
Entenda o caso
A PCGO, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou no último dia 5, a Operação Transata, visando desarticular um suposto esquema de fraude em licitações e contratos, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro na Prefeitura de Goiânia.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, sendo 1 na sede da Seinfra e vários em casas de pessoas físicas, incluindo sócios administradores e funcionários das empresas, além de servidores públicos municipais investigados.
A Justiça também determinou a suspensão de sete contratos da Prefeitura de Goiânia com as empresas investigadas e o afastamento dos sigilos bancário e fiscal de todos os alvos da operação.
Em nota, a Prefeitura informou que colabora integralmente com a Polícia Civil e aguarda os desdobramentos das investigações. “A administração contribui com o acesso das equipes policiais aos locais visitados para a coleta de equipamentos ou documentos e reúne informações sobre o objeto das investigações para prestar todos os esclarecimentos com transparência”, completa o texto.