O jornal americano The Washington Post revelou nesta quinta-feira (18) que o ex-presidente americano Barack Obama disse a aliados que Joe Biden “precisa considerar seriamente a viabilidade de sua candidatura”.
Inicialmente um apoiador da manutenção do nome de Biden na disputa, Obama teria admitido que acha que as chances de vitória do atual presidente diminuíram muito.
A manifestação do ex-presidente ocorre no momento em que aliados de Biden aumentam a pressão para que ele abandone a corrida eleitoral. A candidatura dele, que está com 81 anos, passou a ser questionada no fim de junho, quando se enrolou nas falas e não conseguiu completar frases durante um debate contra Trump. O próprio presidente admitiu que seu desempenho havia sido ruim, mas rechaçou abandonar a disputa.
A cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em 11 de julho, poderia ser uma possibilidade para que ele revertesse a opinião pública sobre suas condições cognitivas, mas o oposto aconteceu.
Anfitrião do evento, em Washington, Biden confundiu o nome do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o chamou de “presidente Putin”, com o ucraniano ao seu lado no palco.
Pouco depois disso, em uma entrevista, disse que havia escolhido sua “vice-presidente Trump”, em vez de mencionar Kamala Harris.
A emissora de TV americana CNN noticiou na quarta-feira (18) que o presidente havia consultado assessores sobre a viabilidade eleitoral da vice-presidente Kamala Harris como eventual cabeça de chapa.
Uma pesquisa da Emerson Polling, realizada nos dias 15 e 16 de julho, mostrou vitória de Trump sobre Biden nos sete “estados-pêndulo” — Pensilvânia, Wisconsin, Michigan, Arizona, Nevada, Georgia e Carolina do Norte.
Por outro lado, quando o nome de Biden foi substituido por um “democrata mais jovem”, este venceria Trump em todos os sete estados, de acordo com a sondagem.
Biden está isolado desde a noite de quarta-feira em Delaware, onde possui casa, após ser diagnosticado com Covid-19. O site de notícias americano Axios informou, ouvindo fontes próximas ao democrata, que ele deve decidir até o fim de semana sobre a sua continuidade nas eleições presidenciais.