Após 136 dias sem chuva, e com o rio Meia Ponte no nível crítico 3, a Saneago informou, nesta segunda-feira (9/9), que não descarta o anúncio de racionamento caso uma possível escassez hídrica coloque em risco o fornecimento de água regular para os 223 municípios do estado.
De acordo com a superintendente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Saneago, Camila Roncato, a companhia já vem reduzindo gradualmente sua captação. “Na intenção de compensar essa contenção, estamos enviando mais água do sistema João Leite para o sistema Meia Ponte. Mas se chegarmos ao nível crítico 4, pode ser sim que haja racionamento”, adiantou.
A companhia de saneamento, inclusive, já elaborou os Planos de Racionamento para os municípios com maiores chances de serem afetados em 2024. São eles: Arenópolis, Bom Jardim de Goiás, Caiapônia, Iporá, Mozarlândia, Nova Crixás e Porangatu. Os documentos são preventivos e tem o objetivo de antecipar eventuais demandas que a crise hídrica pode gerar, direcionando as ações a serem tomadas em cada situação.
Em vídeo publicado nas redes sociais, no último sábado (7/9), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a secretária Andréa Vulcanis anunciou medidas que o Governo de Goiás está tomando e explicou qual o prognóstico para os próximos dias.
“Há previsão de chuva para segunda quinzena de setembro, o que deve equilibrar um pouco a situação. De qualquer maneira, todos nós precisamos fazer um esforço importante para garantir o abastecimento de água na cidade de Goiânia e região metropolitana”, afirma Vulcanis.
Restrição
Existe uma deliberação (21/2022) do Comitê de Bacia Hidrográfica do Meia Ponte que estabelece quais medidas devem ser tomadas de acordo com o nível que o rio alcança. Como a vazão está menor do que 3 mil litros por segundo, o nível crítico em que o rio se encontra é o 3. Para esse nível, a deliberação prevê reduzir em 50% a água captada, exceto quando for para abastecimento doméstico e para criação de animais.
