João Leite intensifica contribuição no abastecimento de água em Goiânia
Depois de mais de 140 dias sem chuva, e com o rio Meia Ponte no nível crítico 3, a Saneago informou, nesta segunda-feira (16/9), que só não apelou ainda para o racionamento por conta do sistema João Leite, que vem auxiliando no abastecimento de Goiânia. Isso porque o reservatório e as novas adutoras tiraram a dependência das águas do Meia Ponte e deixaram a situação “mais controlada”, o que não invalida o alerta da companhia sobre a importância da população fazer um uso consciente do recurso.
De acordo com a superintendente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Saneago, Camila Roncato, “se o Meia Ponte chegar ao nível crítico 4, pode ser sim que haja racionamento”, adiantou, se referindo a um panorama estadual.
Ainda segundo Roncato, neste momento, cerca de 80% das casas da região metropolitana de Goiânia vem sendo abastecidas com água do João Leite. Em um cenário normal, o Meia Ponte contribui com 36% da água distribuída e o João Leite, com 64%.
A nível estadual, a companhia de saneamento, inclusive, já elaborou os Planos de Racionamento para os municípios com maiores chances de serem afetados em 2024. São eles: Arenópolis, Bom Jardim de Goiás, Caiapônia, Iporá, Mozarlândia, Nova Crixás e Porangatu. Os documentos são preventivos e tem o objetivo de antecipar eventuais demandas que a crise hídrica pode gerar, direcionando as ações a serem tomadas em cada situação.
Restrição
Existe uma deliberação (21/2022) do Comitê de Bacia Hidrográfica do Meia Ponte que estabelece quais medidas devem ser tomadas de acordo com o nível que o rio alcança. Como a vazão está menor do que 3 mil litros por segundo, o nível crítico em que o rio se encontra é o 3. Para esse nível, a deliberação prevê reduzir em 50% a água captada, exceto quando for para abastecimento doméstico e para criação de animais.