Ministério da Agricultura proíbe a comercialização de 11 marcas de azeite
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) proibiu a venda de 11 marcas de azeite de oliva consideradas impróprias para o consumo. A lista foi divulgada nesta quinta-feira (3).
As marcas proibidas foram: Málaga, Rio Negro, Quinta de Aveiro, Cordilheira, Serrano, Oviedo, Imperial, Ouro Negro, Carcavelos, Pérola Negra e La Ventosa.
Não é a primeira vez que marcas ou lotes de azeite vendidos no Brasil são considerados impróprios para consumo pelo Mapa. Segundo o órgão, inclusive, o azeite é o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, atrás apenas do pescado.
Um azeite pode ser proibido para consumo por vários motivos relacionados à saúde, segurança alimentar, e normas regulatórias. Aqui estão algumas razões comuns pelas quais um azeite pode ser considerado impróprio para consumo:
- Contaminação química: A presença de substâncias químicas nocivas, como pesticidas, herbicidas ou resíduos de solventes, pode tornar o azeite perigoso para a saúde. Substâncias como ftalatos ou hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) também podem estar presentes se o processo de produção não for bem controlado.
- Adulteração: A adulteração de azeite é uma prática ilegal em que óleos de qualidade inferior, como óleos vegetais refinados, são misturados com azeite virgem ou extra virgem. Isso não só engana o consumidor, mas também pode afetar a saúde, já que óleos refinados podem conter compostos indesejáveis, dependendo de como foram processados.
- Oxidação e rancidez: A oxidação ocorre quando o azeite é exposto ao ar, luz ou calor por longos períodos, resultando em rancidez. O azeite rançoso perde suas propriedades benéficas e pode desenvolver compostos que causam problemas digestivos ou outros malefícios à saúde.
- Contaminação microbiológica: Embora raro em azeite, a presença de bactérias, fungos ou leveduras, geralmente associada a más condições de higiene durante a produção ou armazenamento, pode tornar o azeite impróprio para consumo.
- Excesso de ácidos graxos livres: Azeites com alta acidez (medida em percentual de ácidos graxos livres) podem ser proibidos em alguns países, pois a acidez elevada é um indicador de má qualidade e degradação do azeite. O azeite extra virgem, por exemplo, deve ter uma acidez inferior a 0,8%.
- Normas regulamentares não cumpridas: Cada país ou região possui regulamentos específicos sobre a produção, rotulagem e comercialização de azeites. Se um azeite não atender a esses padrões, como falsificação na origem ou qualidade inferior ao declarado, ele pode ser proibido para venda e consumo.
Esses fatores são monitorados por órgãos reguladores, como a Anvisa no Brasil, a FDA nos EUA, e a União Europeia, que realizam testes periódicos para garantir a qualidade e segurança dos azeites no mercado.