A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,4% nos três meses até setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
O indicador recuou 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre de abril a junho, quando a desocupação era de 6,9%, e apresentou diminuição de 1,3 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado, quando a taxa era de 7,7%.
De acordo com o instituto, essa é a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da pesquisa, que teve início em 2012. Apenas a taxa registrada no trimestre finalizado em dezembro de 2013 foi menor, a 6,3%.
A população desocupada atingiu 7 milhões, menor patamar desde 2015, recuando no trimestre e no ano. Enquanto isso, a população ocupada conquistou um recorde histórico ao chegar a 103 milhões.
De acordo com o instituto, 38,8% da população ocupada estava na informalidade, acima dos 38,6% no trimestre encerrado em junho, mas abaixo dos 39,1% registrados em igual período do ano passado.
Enquanto isso, houve estabilidade trimestral no rendimento real habitual de todos os trabalhos. O patamar de R$3.227 representa uma alta anual de 3,7%.
A massa de rendimento real habitual somou R$327,7 bilhões, também praticamente estável no trimestre, mas um ganho de 7,2% em relação a igual intervalo de 2023.
Para o economista André Perfeito, mesmo com a força do mercado de trabalho, ela não estaria levando a um aumento da renda na margem, diante da estabilidade do rendimento médio real e da massa salarial na comparação trimestral.
“Os dados apontam que a demanda deve se acomodar nos próximos trimestres e assim a atividade pode ter um comportamento mais estável. Vale notar que outro componente da demanda agregada, as exportações líquidas, estão sob pressão, logo devemos ver certa queda da atividade”, apontou Perfeito.
O resultado é positivo na análise numérica e qualitativa, concorda o economista Maykon Douglas. “O emprego segue crescendo, puxado pela parcela formal; o salário médio parece ter feito pico recente, mas a massa salarial continua crescendo, embora em ritmo mais desacelerado”.