Operação da Polícia Civil, servidor da prefeitura de Goiânia desviou mais de R$ 1 milhão
Um servidor da Secretaria de Finanças da Prefeitura (Sefin) de Goiânia foi alvo de operação da Polícia Civil de Goiás suspeito de integrar um grupo que vendia imóveis de terceiros sem o conhecimento dos proprietários. Segundo o delegado responsável pela investigação, Rômulo Figueredo, os crimes acontecem desde 2021.
A operação, realizada nesta quarta-feira, 13, cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na residência do servidor e em instalações da Prefeitura. Como o nome do investigado não foi divulgado, a reportagem não conseguiu localizar sua defesa. Ao todo, foram desviados mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos.
De acordo com a investigação, o servidor público, em colaboração com a associação criminosa, falsificava documentos e repassava informações sigilosas em troca de pagamento. Ele teria facilitado a emissão de documentos como o Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), o Imposto Sobre Transmissão de Imóveis (ISTI), e registros de “nada consta”, além de acelerar processos administrativos e obter alvarás de funcionamento para os envolvidos.
Conforme o delegado Rômulo Figueredo, o servidor não ocupava cargo de chefia. Questionado se foi exonerado, a Sefin se limitou a dizer que ele “foi afastado das atividades e foi dado início às medidas administrativas cabíveis”.
As vítimas do golpe só descobriram a fraude durante o processo de lavratura e registro das escrituras, ao perceberem que haviam comprado imóveis ilegalmente. A operação investiga crimes de estelionato, associação criminosa, falsidade documental e corrupção ativa e passiva.
Em nota, a Prefeitura de Goiânia informou que a Secretaria de Finanças está cooperando com as autoridades desde o início das investigações e que o servidor suspeito será afastado até o esclarecimento dos fatos. “Além das ações da polícia, medidas administrativas internas estão em curso para apurar possíveis conexões com atividades do servidor envolvido, e todas as providências cabíveis serão adotadas“, afirmou a pasta.