Caiado avalia gestão de Rogério e aponta falhas na saúde de Goiânia
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), em entrevista ao Jornal O Popular, fez duras críticas à gestão do prefeito Rogério Cruz (SD), cujo mandato se encerra em menos de um mês. Caiado apontou que a rejeição de mais de 50% registrada em pesquisas reflete os problemas acumulados ao longo da administração municipal.
“Chegar no final do mandato com rejeição de mais de 50%. Não precisa fazer nenhum comentário mais, só pegar a pesquisa. São tantos fatos somatórios que desencadearam no que foi esse ponto final, que está aí”, declarou.
Caiado também comentou sobre a retomada do debate na Câmara Municipal de Goiânia a respeito de um processo de impeachment contra Rogério Cruz, mesmo com o curto período restante de mandato. Para o governador, essa discussão deveria ter ocorrido antes.
“Essa ingerência já deveria ter sido alertada, já deveria ter sido discutida. Eu chamei a atenção para um processo que estava ali, sendo publicizado, e ninguém falava nada. Agora, se eles acham que este é o tempo, a 30 dias, 28 dias, não sei avaliar isso agora”, afirmou.
O governador ainda criticou o cenário de crise enfrentado por Goiânia avaliando que todos os poderes lavaram as mãos vendo a cidade deteriorar com o caos na saúde, no lixo e outras situações, especialmente na saúde pública. “O chorume está aí, o lixo está aí, os pacientes estão morrendo, não tem medicamento, não tem luva… Todos os candidatos disseram isso na campanha toda. Não sou eu, não.”
Questionado sobre a possibilidade de intervenção estadual na capital, como já ocorreu em Anápolis no passado, Caiado refutou a ideia e destacou que essa decisão não cabe ao governador. Segundo ele, medidas desse tipo dependem de órgãos de controle, como o Ministério Público e o Tribunal de Justiça.
“Onde é que me é dada essa prerrogativa? Não é prerrogativa do Executivo. Se os órgãos de fiscalização levantam a condição, sai do Ministério Público, vai ao Tribunal de Justiça, que determina. O governador indica o interventor. Onde é que você já viu essa situação ser isolada?”, explicou.
Caiado reforçou que sua prioridade sempre foi alertar sobre os problemas enfrentados pela cidade. “Minha preocupação sempre foi com a situação que todos nós estávamos assistindo e simplesmente vendo acontecer. E todo mundo lavando as mãos.”
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