Servidores da Maternidade Célia Câmara denunciam violência de PMs na unidade
Servidores do Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) denunciaram, na noite desta sexta-feira (6/12), uma ação violenta realizada por agentes da Polícia Militar de Goiás (PMGO) na intenção de conter uma confusão iniciada depois que o marido de uma gestante reclamou da demora no atendimento prestado à esposa.
Em nota, o HMMCC esclareceu que os atendimentos seguem rigoroso protocolo de Classificação de Risco, prestando assistência às pacientes de acordo com a urgência que cada caso exige. “A paciente citada tentou ser atendida em desacordo com o protocolo, exigindo passar à frente de outras mulheres, situação que não foi permitida pela equipe”, esclarece a unidade de saúde.
Segundo testemunhas, porém, o marido da gestante, na intenção de agilizar o atendimento, chamou a PMGO, que teria prendido dois servidores que impediram o casal de burlar os protocolos de triagem da unidade. “O HMMCC lamenta a conduta ofensiva da Polícia Militar com os profissionais que seguiam as diretrizes da assistência eficaz, respeitosa e segura, e informa que a Fundahc/UFG, gestora da unidade, acionou uma advogada criminalista para conduzir a situação”, frisou a unidade em nota.
Representação dos profissionais
O Sindsaúde-GO também se manifestou, alegando “perplexidade e indignação diante do abuso de autoridade por parte dos policiais.” A entidade afirmou que os trabalhadores da saúde foram presos de forma truculenta durante a troca de plantão.
“As imagens chocantes retratam uma situação inadmissível e inaceitável, especialmente em um contexto no qual os profissionais da saúde já enfrentam sobrecarga de trabalho, atrasos salariais, condições precárias de atendimento e a constante falta de insumos e segurança”, ressaltou o Sindicato.
“O Sindsaúde se solidariza com os profissionais covardemente agredidos, lamenta profundamente o ocorrido e repudia veementemente a ação truculenta e o despreparo da polícia, que deveria agir para proteger a integridade física e emocional dos cidadãos, e não para intimidar e violentar os profissionais de saúde que dedicam suas vidas à assistência da população”, traz a nota emitida pela entidade.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar de Goiás mas, até às 23h06 desta sexta-feira (6/12) ainda não havia tido resposta. O espaço segue aberto.