Wilson Pollara e outros 2 ex-servidores da Saúde de Goiânia deixam prisão
Ex-secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, e outros dois ex-servidores da pasta, Quesede Ayres, ex-secretário executivo, e Bruno Vianna Primo, ex-diretor financeiro, foram liberados da prisão no início da manhã deste sábado (7/12). Eles estavam detidos na Casa do Albergado, localizada no bairro Jardim Europa, na capital, desde a operação “Comorbidade”, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) no dia 27 de novembro. A soltura ocorreu após decisão judicial que não converteu a prisão temporária em prisão preventiva.
Wilson Pollara, que esteve internado por um período após um problema de saúde durante sua detenção, precisou receber cuidados médicos e retornou à unidade da Polícia Penal após o tratamento. A prisão temporária do trio, que chegou a ser prorrogada, foi decretada para facilitar as investigações, mas a Justiça decidiu que não havia mais necessidade da sua continuidade, levando à soltura dos ex-servidores.
A operação
A operação que resultou nas prisões, que contou com o apoio da Polícia Militar e envolveu a expedição de três mandados de prisão e oito mandados de busca e apreensão pelo 1º Juízo de Garantias da Capital, foi deflagrada com o objetivo de apurar suspeitas de irregularidades na gestão da saúde municipal. Os promotores de Justiça esclareceram que a investigação teve como foco supostos pagamentos irregulares realizados no âmbito do convênio entre o município de Goiânia e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), instituição responsável pela gestão de três maternidades públicas da cidade: Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, Maternidade Nascer Cidadão e Hospital e Maternidade Dona Iris.
Desdobramentos
A operação “Comorbidade” trouxe à tona a complexidade das questões de gestão na saúde pública e gerou uma série de questionamentos sobre os procedimentos financeiros e contratuais da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. O caso segue sob análise das autoridades, que continuam a investigar as implicações e possíveis responsabilidades decorrentes dos supostos pagamentos irregulares. Uma possível intervenção do Estado na área da Saúde em Goiânia, inclusive, é cogitada.