Prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil) classificou como “desproporcional” a decisão da Justiça Eleitoral que cassou sua chapa e declarou o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) inelegível por oito anos. Mabel, que obteve 55,53% dos votos válidos no último pleito, afirmou que irá recorrer, mas reforçou seu compromisso com a gestão da capital.
“Entendemos que a decisão é desproporcional. O evento citado não tem relação com a campanha propriamente dita. Meus advogados vão cuidar disso e eu vou cuidar de Goiânia”, declarou Mabel, ao ser questionado sobre as acusações de uso indevido do Palácio das Esmeraldas em atos de campanha. Mabel recebeu a imprensa na sede da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), na manhã desta quarta-feira (11/12).
A decisão da juíza Maria Umbelina Zorzetti, proferida na noite de segunda-feira (10/12), atende a uma ação movida pelo PL. Segundo a magistrada, Caiado utilizou a sede do governo estadual para favorecer a campanha de Mabel, configurando abuso de poder político. Além da cassação de Mabel e de sua vice, Coronel Cláudia (Avante), a sentença prevê que Caiado fique inelegível a partir de 2024.
Mesmo diante do impacto político da decisão, Mabel reafirmou sua determinação em iniciar uma gestão sólida na prefeitura. “É uma ação que demora a caminhar, tem uma porção de discussões, e nós vamos cuidar de Goiânia, como estamos cuidando. Eu nem prefeito sou ainda e já estou ajudando a resolver o problema da Saúde da nossa capital. Estamos mexendo em muitas outras áreas também. Vamos entrar em Goiânia firmes”, disse.
O prefeito eleito também destacou sua legitimidade ao cargo, citando a expressiva votação obtida nas urnas. “Eu tive mais de 350 mil votos para ser prefeito de Goiânia, então eu vou ser o prefeito de Goiânia.”
Apesar da confiança no recurso, Mabel admitiu que está preparado para enfrentar qualquer desdobramento jurídico. “Se tiver uma decisão contrária lá no fim, o que eu não acredito que teremos, vai ser uma decisão da Justiça. Não tem o que fazer. Então, eu vou trabalhar sempre, até o último dia do meu mandato”, pontuou. “Goiânia me elegeu para fazer uma boa gestão aqui, e é isso que vou fazer”, concluiu.