Coreia do Sul aprova impeachment de presidente por lei marcial
O Parlamento da Coreia do Sul aprovou neste sábado (14/12) o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol. A decisão ocorre menos de duas semanas após ele decretar (e revogar, em seguida) lei marcial no país.
No momento em que os resultados foram anunciados, aplausos irromperam entre os membros do Partido Democrata, da oposição. Já os colegas de partido de Yoon Suk Yeol deixaram o local silenciosamente.
Do lado de fora do prédio do Parlamento, em Seul, manifestantes comemoraram a decisão.
Dos 300 deputados, 204 votaram a favor do impeachment. Isso significa que Yoon será imediatamente suspenso do cargo, e o primeiro-ministro se tornará o presidente interino.
A aprovação no Parlamento, porém, não garante que Yoon Suk Yeol será permanentemente removido do cargo. Após a aprovação pelos deputados, o Tribunal Constitucional sul-coreano tem até seis meses para realizar um julgamento para confirmar ou rejeitar o pedido de impeachment.
Se a destituição for confirmada, uma eleição que elegerá o próximo presidente deve ser convocada até 60 dias após a decisão da Corte Constitucional.
Yoon havia enfrentado outra votação de pedido de impeachment no Parlamento no sábado anterior, mas a moção não teve apoio suficiente do partido governista para ser aprovada.
Neste sábado, porém, os votos necessários foram conquistados.
A Coreia do Sul passa por sua maior crise política em décadas após Yoon Suk Yeol decretar lei marcial no país, alarmando o Parlamento e testando o comprometimento do país com a democracia.
Menos de 24 horas depois, ele foi forçado a recuar enquanto manifestantes e legisladores furiosos se reuniam do lado de fora da Assembleia Nacional. O Parlamento votou pela revogação do decreto e os políticos de oposição apresentaram a moção pedindo o impeachment.
Pouco depois de saber do resultado neste sábado, Yoon emitiu um comunicado. “Mesmo que eu pare por agora, a jornada em direção ao futuro em que tenho estado nos últimos dois anos e meio nunca deve parar. Nunca desistirei. Levarei a sério suas críticas, elogios e apoio e farei o meu o melhor para o país até ao fim”, disse.