A retomada de greve na rede municipal de Educação de Goiânia deve atingir ao menos 170 unidades de ensino da capital, segundo estimativa preliminar do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás(Sintego). A greve foi deflagrada na última quinta-feira (22) e terá início na terça-feira (27). A categoria diz que a Prefeitura não cumpriu os acordos feitos no final de 2023.
Em outubro do ano passado, os servidores técnicos administrativos deflagraram greve e pediam o pagamento da data-base 2023, a equiparação no auxílio locomoção, além do envio imediato do Novo Plano de Carreira à Câmara Municipal. Após um acordo com o Paço, os retomaram as atividades em 16 de novembro, após mais de 40 dias de paralisação.
Segundo o Sintego, à época, o acordo feito na Justiça previa o pagamento da data-base 2023 e do auxílio locomoção no valor de R$ 500, que foram cumpridos. Também foi acordo que a discussão sobre o Novo Plano de Carreira, principal reivindicação da categoria, seria iniciada em dezembro, o que não aconteceu.
Após mais de três meses, o acordo entre Paço e a categoria não foi cumprido. De acordo com o Sindicato, a Prefeitura ainda não efetivou uma proposta de carreira para que os servidores apreciem. Como a conciliação não foi cumprida, os trabalhadores votaram a favor da greve, que terá início na próxima terça-feira (27/02).
Conforme levantamento preliminar do Sintego, administrativos de ao menos 170 já confirmaram adesão ao movimento grevista.
A presidente do Sindicato destacou que tentou todos os recursos de diálogo junto ao paço municipal, mas não houve retorno algum que pudesse evitar a greve. “O Sintego com responsabilidade e muito zelo vem conduzindo e garantindo avanços. Por falta de empenho por parte do paço municipal, a categoria hoje [quinta] aprovou por unanimidade a retomada da greve na próxima terça-feira”, afirmou Bia de Lima.
Junto com a greve decretada, a categoria estabeleceu uma agenda de atividades para os próximos dias, em uma tentativa de dar corpo ao movimento. Além do início da paralisação, eles vão se reunir com o desembargador da Justiça do Trabalho, Fernando Braga, no dia 4 de março e, no dia seguinte, haverá uma assembleia na Câmara dos Vereadores.