Goiás tem a maior remuneração do Brasil para Policial Militar; confira valores por Estado
Na comparação entre os salários de policiais militares por estado, a média bruta de praças e oficiais é de R$ 8.628,87, com remuneração líquida média de R$ 6.138,07. Cerca de quinze estados brasileiros pagam salários para a categoria abaixo da média nacional bruta.
Goiás é o estado com a maior remuneração, com valor de R$ 13.326,36, seguido pelo Distrito Federal, com salário de R$ 12.482,11. O Piauí apresenta a menor remuneração média, com R$ 5.362,34, com o Ceará na segunda posição, com salário de R$ 6.954,61.
Ao analisar os dados por patente, um coronel recebe, em média, quatro vezes mais do que um soldado. A remuneração bruta dos soldados, menor hierarquia da corporação, tem média de R$ 6.358,61, enquanto o salário dos coronéis é de R$ 29.033,46.
O policia do Brasil tem um salário médio bruto de R$ 9.503,42, segundo dados do Raio-X dos Profissionais de Segurança Pública no Brasil, divulgado nesta terça-feira, 27, pelo Fórum de Segurança Pública. O custo da folha de ativos e inativos da Segurança Pública responde por 23% do total de gastos dos estados com pessoal.
O levantamento aponta que de um total de 620.018 policiais militares, civis, penais, profissionais de perícia e bombeiros militares, 88,2% dos profissionais de segurança pública têm rendimentos líquidos acima da média da população geral e abaixo do teto do funcionalismo público. Para 6,4% do total, ou 39.656 profissionais, os valores recebidos são abaixo da média salarial da população brasileira em março de 2023, que era R$ 2.949, segundo dados da PNAD do IBGE.
Outros 33.179 profissionais de segurança, representando 5,4% do total, têm um salário acima do teto do funcionalismo público — mais de R$ 39.293. O maior número de casos de profissionais nesta situação está na Paraíba e em Santa Catarina, de acordo com os dados do Fórum.
Para os pesquisadores, os achados apontam que a maioria dos profissionais está em uma faixa de renda classificada como adequada à realidade brasileira, e que distorções não atingem a maior parte deles.
“O debate sobre valorização profissional exige, portanto, que as discussões não fiquem restritas aos salários, mas avance para mecanismos de reestruturação e qualificação de carreiras, simplificando, fundindo ou diminuindo os degraus para a progressão entre diferentes cargos, funções e/ou postos”, diz o estudo.