Sob pressão de uma operação da Polícia Civil, que investiga irregularidades cometidas em licitações em vários órgãos da Prefeitura de Goiânia, o presidente da Comurg, Alisson Borges antecipou sua saída do órgão e entregou ao prefeito Rogério Cruz (Republicanos) seu pedido de renúncia no fim da tarde desta quarta-feira (20).
Mais cedo, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) já havia determinado seu afastamento do cargo, mas sua saída da função dependia do Conselho Gestor da companhia. Por meio de nota, a Comurg confirmou a saída do agora ex-presidente e justificou que o mesmo já iria tomar essa decisão por conta do seu interesse em disputar as eleições municipais em 2024. “Ele [Alisson Borges] deve dar a sua resposta à sociedade, mas como gestor público e majoritário da empresa, determinei que o conselho da empresa, de acordo com o estatuto, se reúna para que possamos tomar as devidas providências cabíveis em relação à diretoria executiva da empresa”, explicou o prefeito.
Em uma das ações da Polícia Civil, a corporação também encontrou quase meio milhão de reais em dinheiro vivo na residência de Alisson Borges. O Comurg afirma que está à disposição da Justiça para eventuais esclarecimentos.
A Polícia Civil cumpriu 32 mandados de busca e apreensão em operação que investiga fraudes em licitações na prefeitura de Goiânia, nesta quarta-feira (20). Os crimes teriam ocorrido desde 2022 até o momento na Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), Secretaria Municipal de Administração (Semad), Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) e na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg).